Bula do remédio Lyrica

Lyrica

Bula do remédio Lyrica. Classe terapêutica dos Anticonvulsivantes. Princípios AtivosPregabalina.

Indicação

Para que serve?

Lyrica (pregabalina) cápsulas é indicado para: tratamento da dor neuropática (dor devido à lesão e/ou mau funcionamento dos nervos e/ou do sistema nervoso) em adultos; como terapia adjunta das crises epiléticas parciais (convulsões), com ou sem generalização secundária, em pacientes a partir de 12 anos de idade; tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) em adultos; controle de fibromialgia (doença caracterizada por dor crônica em várias partes do corpo, cansaço e alterações do sono).

Uso adulto e pediátrico acima de 12 anos – Uso oral

Farmacocinética

Como funciona?

Lyrica age regulando a transmissão de mensagens excitatórias entre as células nervosas.

O início da ação do medicamento é, geralmente, percebido cerca de uma semana após o início do tratamento.

Posologia

Como usar?

Lyrica deve ser utilizado por via oral (engolir), com ou sem alimentos.

As doses recomendadas de Lyrica são:

  • Dor neuropática, Transtorno da Ansiedade Generalizada e Epilepsia

150 a 600 mg/dia divididos em 2 doses~.

  • Fibromialgia:

150 a 450 mg/dia divididos em 2 doses.

Em todas as indicações a dose inicial recomendada é 75 mg, via oral, 2 vezes ao dia (150 mg/dia).

Entretanto, com base na resposta individual e na tolerabilidade do paciente, a dose poderá ser aumentada para 150 mg 2 vezes ao dia após um intervalo de 3 a 7 dias e, se necessário, até uma dose máxima – descrita acima por indicação – 2 vezes ao dia após o mesmo intervalo.

A decisão de aumentar ou diminuir a dose é exclusiva do médico, não o faça sem a orientação dele.

Efeitos Colaterais

Quais os males que pode me causar?

Os efeitos colaterais mais frequentemente notificadas foram tontura e sonolência; em geral, elas foram de intensidade leve a moderada e estão listadas abaixo.

  • Comuns: aumento do apetite, confusão, desorientação, irritabilidade, euforia, diminuição da libido (diminuição do desejo sexual), insônia (dificuldade para dormir), ataxia (dificuldade em coordenar os movimentos), transtorno de equilíbrio, amnésia (perda de memória), distúrbios de atenção, dificuldade de memória, tremores, disartria (alterações na fala), parestesia (formigamentos), sedação (diminuição da consciência), letargia (lentidão), visão turva, diplopia (visão dupla), vertigem, vômitos, distensão abdominal, constipação (intestino preso), boca seca, flatulência (excesso de gases), disfunção erétil (dificuldade para enrijecer o pênis), edema periférico (inchaço de extremidades), edema (inchaço), marcha (caminhada) anormal, sensação de embriaguez, sensação anormal, cansaço, aumento de peso.
  • Incomuns: nasofaringite (inflamação da faringe), anorexia (apetite diminuído), despersonalização (mudança de personalidade), anorgasmia (incapacidade de ter orgasmos), inquietação, depressão, agitação, mudanças de humor, humor deprimido, dificuldade de encontrar palavras, alucinações, sonhos anormais, aumento da libido (aumento do desejo sexual), crise de pânico, apatia (indiferença), distúrbios cognitivos (dificuldade de compreensão), hipoestesia (sensibilidade diminuída ao estímulo), nistagmo (movimento anormal dos olhos),distúrbios da fala, mioclonia (contrações musculares), hiporreflexia (reflexos enfraquecidos), discinesia (dificuldade em realizar movimentos), hiperatividade (agitação), vertigem (tontura ao mudar de posição), hiperestesia (aumento da sensibilidade), ageusia (perda do paladar), sensação de queimação, tremor de intenção (tremor que ocorre ao movimento), estupor (diminuição da reatividade ao ambiente), desmaio, alteração visual, deficiência no campo visual, olhos secos, inchaço ocular, redução da nitidez visual, dor ocular, astenopia (cansaço visual), aumento do lacrimejamento, hiperacusia (aumento da audição), bloqueio atrioventricular de primeiro grau, taquicardia (aumento da frequência cardíaca), hipotensão arterial (pressão baixa), hipertensão arterial (pressão alta), rubores (vermelhidões), ondas de calor, frio nas extremidades, dispneia (falta de ar), tosse, secura nasal, hipersecreção salivar (aumento de saliva), refluxo gastroesofágico (retorno do conteúdo do estômago para o esôfago), hipoestesia (alterações da sensibilidade) oral, sudorese, erupções cutâneas papulares (pequenas pápulas elevadas na pele), contração muscular, inchaço articular, espasmo (contração) muscular, mialgia (dor muscular), artralgia (dor articular), dor lombar, dor nos membros, rigidez muscular, disúria (dificuldade em urinar), incontinência urinária (dificuldade em controlar a urina), retardo na ejaculação, disfunção sexual, aperto no peito, quedas, edema generalizado, dor, calafrio, astenia (fraqueza), sede, aumento das enzimas: alanina aminotransferase, creatina fosfoquinase sanguínea e aspartato aminotransferase e diminuição da contagem de plaquetas.
  • Raro: neutropenia (diminuição de células brancas no sangue), hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue), desinibição, humor elevado, hipocinesia (movimento diminuído), parosmia (distúrbio do olfato), disgrafia (dificuldade em escrever), fotopsia (visão de luzes), irritação ocular, midríase (pupila dilatada), oscilopsia (visão oscilante), percepção de profundidade alterada, perda de visão periférica, estrabismo, brilho visual, taquicardia sinusal, arritmia (irregularidade do batimento cardíaco) sinusal, bradicardia (lentidão de batimentos cardíacos) sinusal, congestão nasal, epistaxe (sangramento nasal), rinite (inflamação da mucosa nasal), coriza, aperto na garganta, ascite (acúmulo de líquido no abdome), disfagia (dificuldade na deglutição), pancreatite (inflamação do pâncreas), suor frio, urticária (alergia na pele), espasmo (contração) cervical, dor no pescoço, rabdomiólise (destruição de células dos músculos), oligúria (diminuição do volume de urina), insuficiência renal (diminuição das funções dos rins), amenorreia (ausência de menstruação), dor mamária, secreção mamária, dismenorreia (cólica menstrual), ginecomastia (aumento da mama), febre, aumento da glicose sanguínea, elevação da creatinina sanguínea, diminuição do potássio sanguíneo, diminuição de peso, diminuição de leucócitos.
  • Outras reações relatadas no período pós-comercialização: angioedema (reação alérgica que cursa com inchaço), dor de cabeça, perda de consciência, prejuízo mental, insuficiência cardíaca congestiva (alteração na capacidade do coração em bombear o sangue), ceratite (inflamação nos olhos), edema (inchaço) de língua e/ou face, diarreia, náusea, mal-estar, prurido (coceira), retenção urinária (dificuldade em urinar), edema pulmonar (retenção de líquidos no pulmão) e ginecomastia (aumento da mama)

Contraindicações

Quando não devo usar?

Lyrica não deve ser utilizado se você tem hipersensibilidade (alergia) conhecida à pregabalina ou a qualquer componente da fórmula.

Advertências e Precauções

O que devo saber antes de usar?

Informe ao seu médico se você tiver:

  • Problemas hereditários (herdados da família) de intolerância a galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má-absorção de alimentos; pois ele precisa avaliar se Lyrica deve ser usado nessas situações.
  • Diabetes, pois pode haver necessidade de controlar mais de perto seu peso e a dose das medicações para tratar a doença.
  • Doenças renais, pois a dose de Lyrica® pode precisar de ajustes.
  • Insuficiência cardíaca congestiva (doença em que o coração não consegue bombear o sangue adequadamente), pois houve casos de piora dos sintomas associado ao uso de Lyrica.

O uso de Lyrica está associado com tontura e sonolência, que pode aumentar a ocorrência de acidentes (como por exemplo, quedas) em idosos. Você deve ter cuidado até que os efeitos potenciais de Lyrica lhe sejam familiares.

Pelo mesmo motivo a habilidade de dirigir e operar máquinas pode estar prejudicada.

É aconselhável não dirigir, operar máquinas complexas, nem exercer outras atividades potencialmente perigosas até que se saiba se este medicamento afeta a sua capacidade de realizar tais atividades.

Lyrica na gravidez: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não há dados suficientes sobre o uso de Lyrica em mulheres grávidas.

O risco potencial aos fetos humanos é desconhecido.

Portanto, Lyrica não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que o benefício à mãe justifique claramente o risco potencial ao feto, uma decisão que deve ser tomada em conjunto com seu médico; portanto se durante o tratamento com Lyrica você engravidar comunique imediatamente a ele.

Se você tem potencial de engravidar, deve utilizar métodos contraceptivos eficazes.

Não é recomendado que mulheres que estejam amamentando usem Lyrica, pois não se sabe se a medicação é excretada (sai) no leite materno.

Pacientes com insuficiência ou algum comprometimento da função dos rins podem necessitar de ajustes na dosagem de Lyrica.

Também em idosos recomenda-se avaliar a função dos rins para verificar se esses ajustes precisam ser feitos.

Lyrica só está recomendado para tratamento da epilepsia (convulsão) a partir de 12 anos.

O uso em crianças com menor idade não é recomendado.

Recomenda-se que a descontinuação do tratamento com Lyrica seja feita gradualmente, ao longo de 1 semana.

A descontinuação do tratamento deve ser feita sob indicação e supervisão do seu médico.

Interações Medicamentosas

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.

Lyrica pode potencializar o efeito da oxicodona (analgésico), bebidas alcoólicas e de lorazepam (tranquilizante).

Quando usado com analgésicos opioides Lyrica pode reduzir a função do trato gastrintestinal inferior (por ex, obstrução intestinal, constipação – intestino preso).

No momento da interrupção do uso de Lyrica foram observados em alguns pacientes a ocorrência de insônia, dor de cabeça, enjoos, nervosismo, aumento da sudorese e de diarreia.

Em experiência pós-comercialização, houve relatos de insuficiência respiratória e coma em pacientes sob tratamento de Lyrica e outros medicamentos antidepressivos do Sistema Nervoso Central.

Se ocorrerem quaisquer sintomas relacionados ao uso deste medicamento, seu médico deve ser consultado.

Superdosagem

O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada?

Os eventos adversos mais comuns quando houve uma superdose de Lyrica incluem distúrbio afetivo, sonolência, confusão, depressão, agitação e inquietação.

O tratamento da superdose com Lyrica deve incluir medidas gerais de suporte, podendo ser necessária hemodiálise (filtração do sangue usando máquinas).

No caso de superdose, procure um médico imediatamente.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este medicamento?

Caso você esqueça de tomar Lyrica no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar.

Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico.

Neste caso, não tome o medicamento 2 vezes para compensar doses esquecidas. Se você esquecer uma dose você pode comprometer o resultado do tratamento.

Composição

Cada cápsula de Lyrica 75 mg ou 150 mg contém 75 mg ou 150 mg de pregabalina, respectivamente.

Excipientes: lactose monoidratada, amido de milho e talco.

Apresentação:

  • Lyrica 75 mg em embalagens contendo 14 ou 28 cápsulas.
  • Lyrica 150 mg em embalagens contendo 28 cápsulas.

Armazenamento

Onde como e por quanto tempo posso guardar?

Lyrica deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. .

Aspecto físico:

  • A cápsula de gelatina de Lyrica 75 mg é de cor branca e laranja contendo pó branco a quase branco. ​
  • A cápsula de gelatina de Lyrica 150 mg é de cor branca contendo pó branco a quase branco.

Laboratório

Pfizer

Pfizer Manufacturing Deutschland GmbH Illertissen – Alemanha: – SAC: 0800 16 7575

Dizeres Legais

MS – 1.0216.0155

Farmacêutico Responsável: José Cláudio Bumerad – CRF-SP n° 43746

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